Sony busca no Brasil games e estúdios para investimento 207269

'Olheiro' da empresa está no evento BIG Festival, em São Paulo. 'Para ser lançado no PlayStation, jogo tem que ser inovador', diz executivo 3h455r


Estúdios brasileiros suam a camisa para conseguir finalizar e colocar seus jogos à venda para o público. O bom resultado criativo no país atraiu a atenção de grandes empresas do setor. Hoje, elas olham os desenvolvedores brasileiros de outro modo e começam a planejar investimentos. É o caso da Sony, dona do PlayStation e de franquias como "God of War" e "Uncharted". A empresa enviou um "olheiro" para participar do Brazil's Independent Games Festival, o BIG Festival, que acontece até 18 de maio em São Paulo.

"Nosso objetivo é viajar pelo mundo em busca de desenvolvedores inovadores com equipes pequenas e com ótimas ideias para ajudá-los a lançar suas criações nas plataformas PlayStation", afirma Hector Sanchez, produtor de desenvolvimento externo do estúdio Santa Monica da Sony Computer Entertainment. "Temos experiência em encontrar talentos e bons games. O caso mais conhecido é do estúdio Thatgamecompany, responsável por games de sucesso como 'Flow', 'Flower' e 'Journey', games como 'Unfinished Swan' e outro que será lançado em breve."

O valor a ser investido e quais estúdios brasileiros a Sony já está de olho o produtor não revela, mas cita games como favoritos: "Chroma Squad", "Toren" e "Aritana e a Pena da Harpia". Não significa que os estúdios destes jogos foram selecionados. Ele afirma que usará seus dias no Brasil para conhecer os desenvolvedores e seus projetos e está confiante de que um jogo bom será descoberto.

"O importante é que o game mostre boas ideias e propostas inéditas de jogo", explica. "Veja 'Flower' e 'Journey', por exemplo. Eles são mais experiências do que games. Por apresentarem uma qualidade incrível, fizeram sucesso. Queremos mais jogos assim".

Sanchez foi produtor dos games "Mortal Kombat" e "Injustice: Gods Among Us" no estúdio Netherrealm. Ele diz que assim que começou a trabalhar com a Sony Santa Monica viu todos os estúdios independentes que estavam sob o guarda-chuva da empresa e teve uma surpresa. "Não há parceria entre estúdios da Sony com nenhum estúdio da América Latina", atesta. "Tenho a certeza de que há uma riqueza de talento e de criatividade no país que ainda renderá bons frutos".

Com o estúdio escolhido, ele a a fazer parte da Sony, recebendo todo o auxílio para concluir o jogo e atingir a qualidade esperada e os recursos em dinheiro e em equipamentos para concluir o projeto e comercializá-lo, conta Sanchez. "Nos envolvemos na produção, no design no game, criando uma colaboração entre o nosso grupo e o estúdio".

Esta é a primeira visita oficial da Sony para ficar de olho nos estúdios de games brasileiros. Com o maior contato, o executivo diz que a empresa pode aprender sobre o trabalho de pequenos grupos, custos e impostos para desenvolver games aqui.

Ele afirma que não há obrigação de voltar para os Estados Unidos após o BIG Festival com contratos fechados com empresas brasileiras - "isso será um extra", disse. O importante é recolher informações sobre o cenário atual do mercado de desenvolvimento de games brasileiro e usar os dados no futuro. "Quero que os desenvolvedores saibam que estamos tentando contratar uma equipe aqui da América Latina que tenha um jogo inovador para lançá-lo nas plataformas PlayStation. É um mercado grande e importante para nós".

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